A técnica de confitar é um dos processos mais antigos para conservar alimentos no mundo e utiliza a gordura sem ser prejudicial à saúde. Para explicar como fazer uma comida confitada sem erros, o  iG Receitas conversou com Valdir Ramos, chef executivo do Sheraton Grand Rio.

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O tomate confit é uma das receitas mais tradicionais quando o assunto é confitar alimentos
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O tomate confit é uma das receitas mais tradicionais quando o assunto é confitar alimentos


De acordo com o chef, confitar é o termo que se usa para cozinhar alimentos no óleo ou na gordura em baixas temperaturas, cerca de 120°C a 130°C. "O alimento tem que ficar completamente imerso sob a gordura ou o óleo, para não queimar e para que cozinhe por inteiro", diz.

Por conta da temperatura baixa, a comida tende a demorar para ficar pronta e, por isso, um dos segredos para não errar é ter paciência e respeitar o tempo de cozimento. Além disso, Ramos diz que o tempo varia conforme o alimento. Para ter noção, uma cenoura leva, em média, 50 minutos a 130°C para ficar pronta.

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Outro fator que contribui para a técnica de confitar ser aplicada da maneira correta é a escolha dos melhores tipos de produtos. "Quando vai fazer legumes, não pode estar machucado, muito maduro, velho, etc. Se for uma proteína, tem que ser de qualidade, independente se for pato, peixe, carne suína ou bovina ou frango, tem que estar em perfeito estado", destaca o chef.

Vantagens de confitar os alimentos

Ao lado do tomate confit, o pato confit também é um dos pratos confitados mais feitos na culinária
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Ao lado do tomate confit, o pato confit também é um dos pratos confitados mais feitos na culinária


Ramos afirma que fazer uma comida confitada tem benefícios e, entre eles, está o fato dos produtos permanecerem com seus nutrientes. "Alimentos não perdem as fibras, propriedades ou texturas", conta.

Outro fator positivo é que a gordura ou o óleo podem ser reutilizados para proporcionar mais sabor a outros pratos. "O óleo ou gordura utilizado para o confit fica saborizado e com muitos aromas e pode ser reaproveitado em outras receitas, como, por exemplo, para fazer grelhados e para fazer molhos", acrescenta Ramos.

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A técnica gastronômica de confitar está na culinária há muito tempo e isso a fez se firmar como uma excelente opção de conservação. "Era um sistema muito utilizado em navios para conseguir transportar comida durante os vários dias de viagem, sendo que não tinham grandes espaços para refrigeração. Por isso, é uma ótima maneira de conservar alimentos por mais tempo", finaliza o chef.

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