Na hora que você prepara uma comida o que mais leva em consideração: os produtos ou as panelas? Durante uma palestra no evento Mesa São Paulo, o chef Elzio Callefi, da Tramontina, apontou que “a cozinha começa pela panela e os utensílios corretos”. Portanto, saiba que o tipo de panela que você usa interfere diretamente no preparo de alguns alimentos.
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Então para te ajudar a aproveitar 100% seus produtos e deixar a comida ainda mais gostosa, nós do iG Receitas conversamos com o chef Elzio e pedimos dicas de quais alimentos são mais apropriados para cada tipo de panela . Confira abaixo:
Panela de inox
As panelas feitas de inox são ideais para alimentos que exigem cozimentos de longa duração como carnes e molhos, indica o chef. “Esses [alimentos], precisam de preparo mais lento e o inox é ótimo, pois não libera nenhum tipo de resíduos na comida e, como não é um material poroso, não deixa cheiro na panela”.
Durante a nossa “aula de cozinha” com o chef Elzio, ele comentou que as panelas inox, que possuem fundo triplo, são ideais para fazer aquele arroz soltinho. Se você tirar a panela do fogo, a comida continua a cozinhar na panela e dá a finalização.
Panela antiaderente
Se você está com pressa (ou com muita fome) a dica é utilizar uma panela antiaderente . “Ela é ideal para cozimentos mais rápidos como um arroz rápido e alimentos mais delicados como um peixe, ou panqueca, crepe, omelete e receitas com ovos em geral”, explica Elzio.
O antiaderente também é um facilitador de cozinha, ou seja, é muito mais fácil para limpar. Além disso, evita perda do sabor dos alimentos e que o alimento grude, por isso é indicado para receitas delicadas e trabalhadas a baixa temperatura.
“Eu não recomendaria usar antiaderente em cozimentos de longa duração. O antiaderente da Tramontina não libera resíduo, mas o material é poroso e alimentos condimentados, com tempero mais forte, podem impregnar na panela e gerar um cheiro forte”, pondera o chef.
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Panela de cerâmica
As panelas de cerâmica se adaptam ao cozimento de longa duração com o benefício de facilidade na limpeza.
“Seu uso é ideal principalmente para cozinhar rapidamente como o preparo de legumes salteados. Esse revestimento [cerâmico] agrega mais calor na panela (esquenta mais do que os outros tipos) para realizar o processo de saltear”, diz Elzio. “É possível também fritar, selar uma carne, mas vale aproveitar o cerâmico para cozimentos rápidos - assim evitamos que os alimentos liberem todo seu suco”, complementa.
O revestimento cerâmico não apresenta antiaderência, mas tem a capacidade de facilitador na hora de limpeza da panela. É mais duro e permite esfregar para soltar um pouco de resíduo que ficou na panela, sem danificar.
Se você tem o pé atrás com panelas de cerâmica por ter ouvido que elas “dão câncer” é bom saber se isso seria possível há muitos ano, quando alguns itens chineses eram fabricados com metais pesados. Mas hoje, a cerâmica é diluída em água e não prejudica a saúde dos consumidores, assim como acontece na Tramontina .
Panela de alumínio
As panelas de alumínio são as mais populares no Brasil. “São panelas boas, mas temos que tomar cuidado para não realizar cozimentos de longa duração (1, 2, 3 horas). Além disso, devemos evitar trabalhar com alimentos ácidos, como o molho de tomate que até perder acidez precisa cozinhar bastante e pode estimular a liberação do resíduo presente no alumínio para o alimento”, aconselha Elzio.
Panela de vidro
Hoje existem poucas panelas de vidro no mercado. E tudo isso tem uma boa razão, explica o chef. “É uma das mais saudáveis, mas não tão eficientes. Elas esquentam demais, o que dificulta a manipulação, e num esbarrão ou queda, pode quebrar com bastante facilidade. Não é tão prática de se trabalhar”.
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