Tudo sobre... Mel
Ainda hoje, a atividade dos apicultores é quase um trabalho artesanal. Claro que existem grandes corporações que extraem e colocam o mel à disposição dos consumidores, mas o produto em si e seu feitio pelas abelhas, esse é um processo ancestral ¿ e que continua saborosamente parecido com os tempos antigos.
Aproveitar o que o mel traz de bom em termos nutricionais e de textura nas receitas, então, é uma questão de vontade. O produto está aí, pronto para ser explorado como sempre foi.
História
É difícil resumir uma trajetória milenar como a do mel. Sabe-se que, para encontrá-lo, o homem já promovia verdadeiras caçadas desde o início das civilizações. Mas o mel da Pré-História, na verdade, era uma mistura de mel, pólen e cera, pois o homem ainda não sabia separar os produtos.
Os enxames muitas vezes nidificavam em locais de difícil acesso, causando grande risco para os coletores. Outras vezes, eles morriam ou fugiam, obrigando o homem a procurar novos ninhos a cada vez que quisesse consumir o produto.
Mas a vontade daquele sabor fez as coisas progredirem. Cerca de 2.400 anos a.C., os egípcios começaram a colocar as abelhas em potes de barro. A retirada do mel ainda era muito similar à primitiva, mas dessa forma os enxames podiam ser transportados e fixados próximos à casa do produtor.
Na Antiguidade, as abelhas já eram consideradas sagradas para algumas civilizações ¿ e, com o tempo, elas também passaram a assumir importância econômica e serem consideradas símbolos de poder. Tanto que muitas vezes aparecem em brasões, moedas, coroas e tapeçarias de reis, papas, cardeais, duques, condes e toda a nobreza.
Características
Presente nas receitas de doces mais antigas, como pão de mel, torrones e na culinária oriental, o mel sempre foi ingrediente importante. O melhor é que, mesmo com o sabor doce acentuado, ele é generoso, e combina perfeitamente com açafrão, gengibre, limão, cardamomo, canela, curry, pimenta, pistache, uva passa, nozes, avelãs, frutas frescas.
Normalmente, pensamos no mel para receitas doces, mas ele é um componente indispensável também em receitas agridoces ou mesmo em assados, como lombo, cordeiro ou o peru de Natal.
Nutrição
Além de ser utilizado como adoçante, o mel sempre foi reconhecido devido às suas propriedades terapêuticas e nutritivas. De um modo geral, é constituído na sua maior parte (cerca de 75%) por açúcares simples (glucose e frutose). É também composto por água (cerca de 20%), minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo, potássio, entre outros) e vitaminas do complexo B, C, D e E.
Como comprar
A cor, o sabor, o odor e a consistência do mel podem ser bem diferentes, dependendo de sua origem. Até o processo de cristalização varia muito de uma florada para outra. Para se ter certeza quanto à pureza do mel são necessárias, na verdade, análises laboratoriais físico-químicas e microscópicas.
Mas a regra é que os consumidores adquiram o mel de empresas com Registro no Ministério da Agricultura, simbolizado na rotulagem com o número do SIF.
Armazenamento
O vasilhame para guardar o mel deve ser de vidro transparente e com tampa que vede bem. O vidro bem lavado e seco é importante para evitar o aumento de água no mel e a fermentação. O melhor local para guardar o mel é na geladeira, porque baixas temperaturas evitam que o mel fermente e estrague.
Dica de mestre
- Como contém 20% de água em sua composição, o mel pode deixar um molho ou uma calda um pouco mais líquida. Por isso, o melhor é adicioná-lo no final do cozimento, para preservar também seu aroma. No forno, não deixe passar dos 180ºC, para evitar que queime. E para substituir o açúcar em receitas salgadas, use meia colher de sopa de mel.
Leia mais sobre: Mel