Queijos e vinhos sem erro

Acerte na produção de seu "queijos e vinhos", evento preferido do brasileiro em dias frios

Foto: Getty Images
A acidez dos vinhos brancos ameniza a gordura dos queijos
“Que tal um 'queijos e vinhos' lá em casa?” Basta a temperatura cair um pouquinho, que a frase parece virar mantra. Em bares, clubes, salões de beleza... Só se fala nisso! É gostoso mesmo calçar botas e vestir o melhor casaco para tomar uma tacinha e comer gordurosos nacos de queijo com os amigos. Mas o que muita gente não sabe é que os dois itens, muitas vezes, não combinam entre si. Para ninguém precisar mudar de programa, o iG Comida dá dicas para você organizar o evento sem cometer pecados gastronômicos nem se tornar um chato.

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A primeira regra é relaxar. “É importante lembrar que o motivo do encontro é social, não de harmonização”, diz Mario Telles Jr, vice-presidente da ABS (Associação Brasileira de Sommeliers) de São Paulo . Portanto, nada de encher a mesa com uma taça para cada tipo de vinho. Além de pouco prática, a providência pode intimidar o convidado. “O melhor é usar taças do tipo ISO (International Standards Organization)”, afirma Mario. Esse é o copo coringa no mundo de Baco, pensado para comportar qualquer tipo de vinho. O especialista garante que a quantidade de taças disponível no mercado é muito mais marketing do que propriamente uma necessidade – claro, estamos falando de consumidores comuns e não de experts.

Foto: Foto Arena
A sommelière Daniela Bravin, do Bravin
Na hora de escolher o que vai à mesa, uma sugestão é optar pela combinação étnica. Em tese, produtos de determinada região têm afinidade natural com bebidas produzidas no mesmo terroir. Antes disso, porém, deve-se levar em consideração o fato de os tintos serem naturalmente perigosos no encontro com queijos. “Os mais fortes, por exemplo, ganham sabor metálico se consumidos com alguns tintos; e os de crosta florida, como brie e camembert, ficam amargos demais”, diz Mario. A saída é escolher rótulos mais leves, de sabor frutado -- como um Malbec da região de Mendoza, na Argentina, ou um Merlot --, e caprichar na oferta de brancos, cuja acidez ameniza a gordura dos queijos.

Outra bebida benvinda nesse tipo de programa é o vinho de sobremesa, perfeito para os queijos azuis (roquefort e gorgonzola, por exemplo). Para completar a mesa, abuse dos tradicionais pães, frutas secas, mel, geleias, vinagres.

Harmonização descomplicada

Acertar o cardápio é meio caminho andado para a festinha ser sucesso. Com exclusividade para o iG Comida , a sommèliere Daniela Bravin, do Bravin, em São Paulo, montou uma hamonização descomplicada de queijos e vinhos, só com itens fáceis de encontrar no mercado. Mas se alguém trouxer de presente a bebida errada, não se aperte. "Se o prazer do cara é dividir aquele vinho com os amigos, por que não servi-lo? ", diz ela. Nada mais deselegante, afinal, do que estragar a brincadeira.

Queijos fortes (roquefort e gorgonzola) com vinhos de sobremesa .
Queijos suaves (chèvre, emmental, gouda) com Chardonnay barricado do Novo Mundo.
Queijos cremosos (brie, camembert) com Riesling da Alsácia ou da Alemanha.
Queijos duros (parmesão, provolone) com Chianti clássico.




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