Conheça a origem dos cupcakes e as receitas para deixar qualquer festa mais colorida
Pequenos, coloridos, encantadores. Os cupcakes (bolinhos de xícara, em tradução quase literal) existem desde o século XVIII, mas foi no XIX que conquistaram seu lugar definitivamente.
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Cupcake de cacau
Cupcake de chocolate
Cupcake de baunilha com especiarias
Cupcake de baunilha com cobertura de chocolate
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Não há consenso sobre a origem do termo. "Uma corrente credita à culinarista norte-americana Eliza Leslie, que, em 1928, escreveu um livro chamado Receipts for Pastry, Cakes and Sweetmeats
, conta Daniel Aguiar, dono da Cupcakeria
, de São Paulo.
Outras versões são mais difundidas. A primeira diz que o nome veio de medidas caseiras: 1 cup (xícara) de farinha ou 2 cups (xícaras) de açúcar. Foi uma verdadeira revolução para as donas de casa, já que não era necessário pesar os ingredientes como antes.
A segunda conta que os bolinhos eram assados em xícaras em porções individuais, porque o forno não comportava grande quantidade de massa de uma só vez. De acordo com esta última versão, os bolinhos, na verdade, foram evoluções dos tea cakes ingleses ¿ que se diferenciavam por ter especiarias ou frutas secas na massa ¿ e, mais tarde, receberam o nome de fairy cakes na Inglaterra. Seriam os ingleses os pais dos cupcakes? De certa forma, sim.
"Como a maior parte da confeitaria e padaria americana tem origem nos hábitos introduzidos por antigos colonizadores ingleses, acredito que a origem pode ter sido inglesa, mas a consolidação da receita que conhecemos hoje é produto americano", avalia Aguiar.
Os Estados Unidos também foram os primeiros a comercializar o cupcake em escala industrial. Em 1919, a empresa Hostess lançou o Cup Cake, um bolinho com recheio e cobertura vendido em pacotes individuais.
É comum achar que a única diferença para o muffin, também individual e de origem inglesa, é o uso de confeitos coloridos na cobertura. Não é. O muffin tem a massa mais pesada. Já o cupcake tem textura de bolo. Bem fofo.
"O bolinho festivo leva decoração e, por isso, é muito mais raso. Ele não pode transbordar na forminha, porque senão dificulta o espaço para o topping [cobertura] e a pessoa não consegue morder", lembra Cris Maccarone, chef consultora da escola de culinária Madame Aubergine .
A dica que Heloísa Rodrigues, coordernadora do curso de Gastronomia e professora de Confeitaria e Panificação na Universidade Anhembi Morumbi, dá é para tomar muito cuidado na hora de assar. Não deixe assar demais para o bolo não perder a umidade e a casca não ficar grossa. Outro fator importante é a qualidade dos ingredientes que são utilizados. Uma boa manteiga ¿ e não margarina ¿ faz toda a diferença.
Na moda
Esses pequenos doces são presença cada vez mais certa em festas infantis por ser uma ferramenta lúdica e divertida para as crianças. Há situações em que os pais contratam uma pequena oficina para animar a festa.
No lugar de alguma atração fantasiada de super-herói ou princesa, por exemplo, entra a aulinha para preparar bolos. "Os pequenos gostam porque os cupcakes parecem mágicos, como em um conto de fadas. E também por ficarem impressionados com o fato de que também conseguem fazê-los", diz Cris Maccarone.
Nos últimos meses, eles conquistaram espaço até mesmo em casamentos, mesmo que a tradição peça os famosos bem-casados.
Apesar da relativa comoção por causa da novidade no Brasil, o cupcake é um doce muito popular, sobretudo nos Estados Unidos. Atire o primeiro confeito quem ainda não viu alguma heroína de seriado ou filme americano descarregar a dor de cotovelo devorando um desses bolinhos coloridos.
"Estudei panificação, culinária e confeitaria em São Francisco, nos Estados Unidos, e os cupcakes são muito comuns por lá. São encontrados em qualquer padaria", conta Luana Davidsohn , que há 1 ano e meio comanda a Oficina de Cupcakes .